terça-feira, 22 de setembro de 2009

INSONE


Quando toda a cidade adormecer. Na hora da última chamada. De ir para casa. De ir para a cama. Me lembrarei de você. Esteja onde estiver. Ainda procurarei em cada esquina. Tendo no pensamento teus movimentos agitados e suados. Tão cansados de amor e dança. Exalando todo álcool, toda pressa da semana. Nas pistas vazias... silenciosas. No trânsito livre. Na cidade pacífica, com o ar se purificando em sua soturna atmosfera. Ainda procurarei em cada bar. Tendo no pensamento teu corpo estendido e só. Com os beats desacelerados. A boca aberta, os olhos cerrados e as mãos entre as pernas. A grave respiração suavemente ritmada. Com o punch de tua presença desarmada e as luzes apagadas. Eu velarei teu sono homem. Rogarei por tua alma. Narrarei teus pecados tão aptos ao caos. Ainda que desconheça o paradeiro dos teus mais íntimos sonhos.