terça-feira, 20 de outubro de 2009

REENCONTRO


Se por acaso o telefone tocar. Se a gente pela rua se esbarrar. Ou até mesmo na festa eu te olhar. Foi engano. As vezes acontece, estarmos longe no tempo mas no mesmo lugar. E se eu não lembrar... desencana. Foi só uma vez contra tantas querendo esquecer. Perdoa minha canalhice que supero sua paixonite. Passou tão feroz e deixou um risco de tristeza no meu rosto. Passou tão veloz e deixou um cisco de frieza no meu olho. Compreendo em silêncio, você não? Cada volta que a vida dá parece nos dizer: toda dança é oferecimento da alma solta. Então bate na minha porta. Bate nas minhas costas. Bate no meu peito... qualquer movimento é batida do coração querendo além. Mas meu fígado pede menos. E eu te vejo outro cada vez que te vejo. Fico sem saber, se sigo ou volto. Então giro. Peão, parafuso, onda. Sem querer fiz este trato com a cidade. Dou o troco do destino. Mesmo que não toque o telefone, que estejam desertas as ruas e as festas não sejam só para mim, muito menos para você.
Não existem sinais indicando a contramão. Você pode ter certeza... foi engano.